Quem Foi Caif S
Sua extensa permanência no sumo sacerdócio é um indicio mais que significativo de que mantinha umas relações muito cordiais com a administração romana, também durante a administração de Pilatos. Nos escritos de Flavio Josefo, se mencionam-se em várias ocasiões os insultos de Pilatos àa identidade religiosa e nacional dos judeus e as vozes de personagens concretos que se alçaram protestando contra ele.
A ausência do nome de Caifás — que era o sumo sacerdote precisamente nesse momento — entre os que se queixavam dos abusos de Pilatos, põe de manifesto as boas relações que havia entre ambos. Essa mesma atitude de proximidade e colaboração com a autoridade romana é a que se reflete também no que contam os evangelhos em torno do processo de Jesus e sua condenação àa morte na cruz. Todos os relatos evangélicos coincidem em que após o interrogatório de Jesus, os príncipes dos sacerdotes entraram em acordo quanto a entregáa-lo a Pilatos (Mt 27,1-2; Mc 15,1; Lc 23,1 e Jo 18,28).
Para conhecer como entenderam os primeiro cristãos a morte de Jesus, é significativo o que narra São João em seu evangelho sobre as deliberações preévias àa sua condenação: " Um deles, porém, chamado Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: Vós nada sabeis, nem considerais que vos