Quem Eram Os Sofistas
Os sofistas eram indivíduos eruditos que possuíam uma bagagem considerável de conhecimento e tinham a virtude de expô-los de maneira espetacular, causando assim a admiração de todos. Eles possuíam boa oratória e sabiam desenvolver os mais admiráveis argumentos, de modo que dificilmente perdiam uma discussão.
Assim, cada sofista era especialista em uma ou duas áreas do conhecimento e se dedicava a ensiná-las em troca de pagamento. Mas, apesar dessa especialização, existia uma arte que era dominada por todos eles: a retórica.
Segundo a filósofa Marilena Chaui, os sofistas ensinavam a dizer sim e não a uma mesma questão. Por exemplo, se cidadãos estivessem debatendo acerca da entrada de Atenas em uma guerra, era necessário conhecer os argumentos prós e contras. Só assim seria possível que sua opinião fosse aceita pelos demais. Era preciso conhecer os possíveis argumentos de um adversário.
Os sofistas também argumentavam que para atingir os ouvintes e convencê-los de uma dada ideia, era necessário atingir também o seu lado emocional, e não apenas a sua razão. Para isso eles chegavam a usar técnicas teatrais e seus discursos eram sempre floreados por belas palavras, por metáforas e exemplos bem construídos.
Por causa de todas essas características, os sofistas ganharam denominações pejorativas. Foram chamados de demagogos, impostores e amantes da mentira. Segundo seus críticos, para eles não importava se estavam argumentando em favor da mentira ou da verdade. Eram acusados de visarem apenas os ganhos financeiros e de defenderem e ensinar quem melhor lhes pagasse.
Mas, apesar das críticas, os sofistas eram bem vistos e respeitados pelos democratas de Atenas. Para eles, a sofística era de vital importância na formação do cidadão e, assim, no fortalecimento da democracia. Além disso, não podemos negar que os sofistas desempenharam o importante papel de colocar o cidadão comum em contato com diferentes conhecimentos e acervos culturais. Nesse