Quem cuida se cuida?

Trabalho sobre o artigo “Quem cuida se cuida?” de Marisa Dacat de Moura e Léa Neves Mohallen

O presente artigo apresenta os aspectos físicos e psíquicos dos profissionais de saúde que trabalham em UTI, ou seja, profissionais que cuidam de doentes em fases graves a gravíssimas, vivenciando situações extenuantes de vida/morte e como equacionar essa rotina e ser saudável para contribuir com os seus conhecimentos à continuidade da vida de seus pacientes.
O artigo aponta que a presença de um psicanalista na Unidade possibilita a existência da subjetividade, do ser que está ali atuando possuir suas singularidades e consciente disso poder cuidar do outro.
A função do analista, segundo a experiência narrada, é colocar em palavra o sofrimento, as angústias, a atuação e fazer circular os diversos discursos. A palavra cria uma distância da dor, a partir do momento em que vai sendo elaborada pelo sujeito.
O artigo traz o ambiente hospitalar de uma UTI e arelação dos profissionais com as situações ali vivenciadas entre profissionais/paciente e profissional/profissional. Traz ainda o clima de ansiedade, onipotência e impotência vivenciados por esses profissionais no exercício de suas funções.
Nessas situações a busca de recursos psíquicos para dar conta da angústia da demanda, põe em questão a integridade física e psíquica do ser humano. O sujeito precisa encontrar saídas para lidar com o sofrimento.
Na UTI apresentam-se situações que podem se configurar como traumáticas, pois uma vez que está lidando com o paradoxo vida/morte e suas demais conseqüências para a vida das pessoas, como quebra de certezas, mudanças abruptas de rotinas, além claro da questão de finitude, que para cada ser humano é elaborada de uma forma peculiar e particular.
O profissional que trabalha/vive essas situações, circunstâncias delicadas de se lidar não pode estar identificado com as situações traumáticas. Posto que a palavra e atitudes desse profissional é o meio pelo qual vai cuidar e se