Queimada e Os Jacobinos negros
Curso: Ciências Sociais
Período: 2014-1
Aluna: Ana Paula Oliveira
TEXTO E FILME: JAMES, C. L. R. “Os jacobinos negros – Toussaint L’Ouverture e a revolução de São Domingos” (Apêndice) São Paulo: Boitempo Editorial, 2000 e o filme “Queimada” de Gillo Pontecorvo.
O texto “Os jacobinos negros” de James retoma a épica Revolução Negra ocorrida na São Domingos francesa, liderada por Toussaint L'Ouverture, que resultou na declaração de independência do Haiti em 1804. Seus habitantes tomaram consciência de si próprios como povo durante a Revolução Haitiana (p. 344).
O filme “Queimada” apresenta uma ilha do Caribe que tem o nome de Queimada [tem esse nome, pois, já foi queimada uma vez, para vencer a resistência do povo], se encontra sob domínio português (em meados do século XIX). Liderados por Walker (agente britânico), a população de escravos é influenciada por uma ideia de se fazer uma revolução contra os seus colonizadores. Marcado por um processo de interesses capitalistas e pessoais, com momentos de conflitos de interesses, contradições, por conflitos entre capital e trabalho, por medo e resistência.
A ilha de São Domingos [no Haiti] colonizada em parte pelos franceses e em parte pela Espanha e Inglaterra é dominada por dois fatores: a plantação da cana-de-açúcar e a escravidão do negro como objeto de intensa atividade comercial, ou seja, o empreendimento dos colonizadores fora produzido pelas mãos dos escravos. A plantação da cana-de-açúcar foi a influência edificadora e civilizadora no desenvolvimento das Índias Ocidentais – crescimento este que não se dava sem a presença da mão de obra escrava, que constituía a base da força produtiva das plantações açucareiras (cf. p. 345).
Em Queimada dá-se a exploração da cana-de-açúcar, a escravidão é trocada por um mercado “livre”, mas a população continua na miséria sendo escravizada extraoficial. Assim como no Haiti, na ilha Queimada declara-se o