Quebrando a banca
Ben (Jim Sturgess) é um cara que entende muito de contas, sub-gerente de uma loja de roupas masculinas, que sonha cursar medicina em Harvard. Obviamente sua vida é uma dureza só, o que fará com que Ben se seduza com a proposta do Prof. Rosa (Kevin Space).
Sem condições de bancar os 300.000 de custo na universidade e correndo o risco de ficar sem a única bolsa 100% concedida aos alunos com histórias interessantes, o protagonista arrisca ganhar levianamente o montante que o colocará na melhor universidade do mundo. Construindo assim uma história/trajetória diferenciada que o colocará um degrau acima dos seus concorrentes.
Aos 21 anos todos são seduzidos pela adrenalina que pode correr no sangue trazendo perigo e prazer na mesma proporção. Se junto com esse escape da realidade você puder ser quem você quiser, se esbaldando em dólares, melhorou. É isso que Ben faz, se junta com mais quatro jovens ambiciosos e parte para o mundo dos cassinos e seus polêmicos carteados na cidade de Las Vegas.
Para a nova turma de Ben, tudo não passa de uma farsa, já que não há sorte em questão e sim uma contagem – maluca - que facilita estrategicamente que a pessoa que souber “contar” as cartas, ganhará o jogo. O número 21 além de remeter a idade do protagonista e também o nome do jogo proposto na mesa.
O que você faria para poder ganhar num final de semana o que levaria cinco anos para ganhar no seu emprego burocrático? O caminho da ambição é uma via de mão única e o filme dirigido por Robert Luketic começa a enfraquecer quando se torna maniqueísta e “bate” no personagem pelo viés da moral.