Quebra de Paradigmas
De um lado a lógica, a razão e o pensamento linear, do outro, a criatividade, a inovação, a inspiração, o novo. Esse é um dilema que o mundo empresarial moderno vive. Muitas organizações apregoam a importância da humanização e da quebra de paradigmas em todos os aspectos da sua gestão, mas se agarram a métodos e crenças antigas que impedem a transformação do discurso em prática. Para falar sobre este tema, a revista Vitrine do Varejo convidou o economista e advogado Jair Moggi , que também é mestre em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e Administração pela FEA/USP. Moggi, que é Sócio-Diretor da Adigo Consultores, fundador e primeiro presidente do Instituto Ecosocial tem mais de 30 anos de experiência profissional e atua como consultor de empresas nos mais diferentes ramos em processos de planejamento estratégico, sucessão, profissionalização, transformação, ética empresarial, responsabilidade social, sustentabilidade, gestão empreendedora, inovação, liderança diferenciada, coach, conflitos e recursos humanos, lembra que, há 30 anos, viu a frase “Se funciona, já está absoleto” em um curso de criatividade que participou no exterior e que foi incorporada por ele nos processos de consultoria e abordagem. E é sobre a quebra de paradigmas e o incentivo à inovação e à criatividade as perguntas que ele responde a seguir.
Revista Vitrine do Varejo: Como o senhor analisa a maneira como as organizações tratam a quebra de paradigmas?
Jair Moggi: As organizações, em sua maioria, são muito conservadoras, pela sua própria natureza. A tentação de ficar repetindo o que está dando certo é muito grande. É quase natural para muitas lideranças repetir este comportamento e, pior, exigir isso das suas equipes. A máxima “em time que está ganhando não se mexe” já passou, pois hoje em dia, diante das mudanças constantes, é enquanto o time estiver ganhando que se devem fazer experiências, treinar os novatos, dar chance para o