Que é autoridade
Márcio Gleison, Jonathan Veras, Rodrigo Ribeiro Coelho e Rômulo Jardim da Silva
Hannah Arendt nasceu em Hannover, na Alemanha, em 1906, numa família originária de Koenigsberg (na Prússia Oriental), e cedo começou a se interessar por filosofia, teologia e literatura grega. Nascida como Johanna Arendt, foi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX. De 1924 a 1929, frequentou a universidade em Marburgo, onde conheceu Heidegger que foi, com Kant, a referência filosófica fundamental para a formação de seu pensamento.
Neste capítulo, através do processo histórico e interpretativo de Hannah Arendt, são identificadas as origens filosóficas e políticas do conceito de autoridade, bem como o lugar onde originalmente aconteceu sua fundamentação. O intuito é mostrar ao leitor que atualmente o significado da palavra autoridade encontra-se distorcido e envoado, devido à crise da mesma que se estabeleceu no mundo moderno ocidental, e também mostrar sua verdadeira importância para a política na sociedade. Nesse sentido, são expostas também as conseqüências dessa crise e sua contribuição para a formação dos regimes totalitários que emergiram no século XX.
No início do capítulo, ao formular o questionamento “Que é autoridade?”, a autora faz entender que a autoridade não mais existe em nossa sociedade, evidenciando a dificuldade em responder a este questionamento de forma clara e unânime. Ela transforma a questão no momento seguinte para: “Que foi a autoridade?”.
Segundo Hannah Arendt, a autoridade desapareceu do mundo moderno. Uma vez que não podemos recorrer a experiências autênticas e incontestes comum a todos; não contamos mais com a tradição que nos guiou com segurança através dos vastos domínios do passado. Com a perda da tradição, pouca coisa acerca da natureza da