Que seca
Pela leitura das apresentações dos diversos Censos, desde 1864,
(URL: http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_historia_pt) podem seleccionar-se as referências às inovações introduzidas no campo alargado referente ao registo das profissões dos inquiridos, como forma de introduzir o tema. Ficamos assim a saber que os grupos socioeconómicos se referem a uma variável derivada (produzida indirectamente através da conjugação de várias variáveis segundo algoritmo apropriado) criada para o Censos 1981. Antes havia o conceito de condição socioeconómica, inaugurado em 1960.
Embora a necessidade de identificação da posição social e económica de cada família e pessoa seja assinalada desde o primeiro Censos, em 1864, não terá sido fácil estabelecer como fazer isso. Na determinação do “valor social” objectivo e subjectivo atribuído a cada profissão (em sentido lato) misturam-se várias circunstâncias, desde prestígio, status ou condição social até ao relevo social do sector económico, relação com os rendimentos de trabalho, etc. Quando se distinguiram suficientemente as diversas componentes misturadas e confundidas nos primeiros Censos, através da análise das diversas dimensões em causa, e se recompuseram depois em indicadores compostos diferentes situações relevantes (qualificações escolares, sector de actividade e grupo socioeconómico, por exemplo) ainda assim não foi possível estabilizar as informações estatísticas. Assistiu-se em cada nova edição a novas alterações nos conceitos, de modo a acompanharam as mudanças sociais entretanto vividas em cada década. Isso prejudicou a possibilidade de construção de séries estatísticas. A procura de assegurar a comparabilidade internacional foi uma das preocupações estatísticas mais construtivas.
As citações apresentadas a seguir foram extraídas do sítio dos Censos 2011, a partir da página citada acima. No segundo tópico serão apresentados os dados de 1960 e de 2001