Quanto vale por quilo
Produzido em duas cenas, fazendo um paralelo entre a sociedade do período colonial (de exploração da escravatura) e a situação de miséira contemporânea.Casos do período escravocrata retirados do Arquivo Nacional (RJ).
No início do filme, numa cena noturna, um escravo é preso e levado.Uma escrava fugitiva, grávida, do século XVIII, é capturada por um caitão-do-mato e após entregá-la ao seu dono, ela aborta o filho que espera. Sua dona segue protestando, mas sem êxito.
Uma situação que se repete na atualidade, onde a diferença está apenas nas personagens.Muitas pessoas ainda vivem aprisionadas: Pelas drogas; amor excessivo ao dinheiro; empréstimos bancários, etc.
No período colonial os negros eram explorados e discriminados, mas na atualidade a discriminação racial ainda não acabou, continua em muitos casos, sem punição. E não só isto, mas ainda existe muito desrespeito, violência, corrupção e lavagem de dinheiro.
No filme, as personagens representam as classes sociais de origem. Assim, o “fazer o bem” tem significado diferente para as senhoras que ajudam nas ONGs e para o bandido que seqüestra um empresário, fazendo justiça social com as próprias mãos.
O filme mostra na atualidade o nosso passado escravista, e percebemos que não dá pra olhar o presente sem levar em conta o passado, as desigualdades econômicas, sociais e de direitos no país.Desenvolve um tema de abuso econômico da miséria e faz da denúncia seu negócio. Na atualidade do filme, mostra uma ONG que implanta um projeto de informática na Periferia de uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, corre risco, agora será eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.
Critica ONGs que administram mal os recursos recebidos e usam da miséria