Quanto Vale ou é por meio quilo?
Este relatório tem como objetivo analisar de modo sistemático e crítico o filme “Quanto Vale ou é por quilo?” de Sérgio Bianchi, observando a analogia feita pelo autor entre o antigo tráfico de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social e de como esse se tornou apenas mais um instrumento de arrecadação de lucro por meio de uma solidariedade fictícia e manipulada.
Desenvolvimento
O filme inicia no século 18 com a história de uma escrava que consegui sua liberdade e por meio da sua economia financeira conseguiu comprar alguns escravos para trabalhar em sua pequena propriedade, no entanto um destes escravos é capturado e vendido a um senhor branco, mesmo tendo esta senhora, os documentos que comprovavam que o escravo era sua propriedade. Ela, segundo o filme, vai até este senhor branco e reinvindica- sem êxito- o seu escravo, e tomada de fúria chama este senhor de ladrão. Fora condenada por perturbação da ordem pública.
Vale-nos a ressalva que mesmo sendo ela livre e proprietária, não teve os seus direitos defendidos porque negro naquela época não tinha voz ativa nas suas reivindicações; Espantosamente tal fato acontece ainda nos nossos dias, onde o pobre, as pessoas em situações de vulnerabilidade não têm seus direitos assistidos e vivem a mercê daquilo que reza a constituição federal, a exploração continua, mudou-se apenas a maneira, pois hoje ela é quase que totalmente uma dominação cultural e financeira.
É notória a observância que reprodução do sistema alcança a todos, quando alguém é contemplado pela dádiva capitalista de se ter algum tipo de privilegio. Uma mulher que em outrora era escravizada, alcança agora, a sua independência e passa a fazer com os outros, o que faziam com ela. É a nítida reprodução do de um sistema que não ensina a ser melhor e sim prega a sua promoção para que a partir dela o indivíduo faça o que cabe a um suposto contemplado pelo sistema: Explorar!
O filme se segue com uma sequência de histórias,