Quando o Sul de Minas Entrou Em Guerra - 1932
Antes do conflito
Em 1930, uma revolução derrubava o governo dos grandes latifundiários de Minas Gerais e São Paulo, que ficou conhecido como “Política do Café com Leite”. Getúlio Vargas assumia a presidência do Brasil em caráter provisório, mas com amplos poderes. Todas as instituições legislativas foram abolidas, desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais. Os governadores dos Estados foram depostos. Para tais funções, Vargas nomeou diversos interventores.
A revolução
A Revolução de 32 foi um movimento armado liderado por São Paulo que teve duração de três meses e que tentou reunir forças de vários estados brasileiros para impedir a continuação do governo provisório de Getúlio Vargas, instaurado em 1930. A exigência dos paulistas era que uma nova constituição fosse criada e que o país voltasse a ser uma democracia. Esse conflito ficou marcado como o maior confronto militar brasileiro no século XX. Estatísticas oficiais apontam 830 mortos, mas estima-se que centenas de pessoas morreram sem constar nos registros oficiais.
Minas toma parte do conflito
Quando a revolução começou, Minas Gerais não se opôs ao governo. Desde então, diversos reservistas foram mobilizados para conterem o levante e alguns santa-ritenses estavam entre eles.
Um jovem voluntário
Em março de 1932, o jovem conversador e bem humorado Antônio Lemos Carneiro alistava-se como soldado do Oitavo Regimento de Artilharia de Montanha, em Pouso Alegre. Naquele momento, o inexperiente reservista, que havia passado a maior parte de sua vida em Santa Rita, tomava parte em um dos momentos mais tensos da história brasileira e preparava-se para mudar completamente a sua vida.
Soldado Carneiro
Quando ingressou no exército, durante a revolução, o garoto Antônio, passou a se chamar Soldado Carneiro. Por haver trabalhado na primeira companhia de telefonia de Santa Rita, Antônio foi uma figura relevante no período em que