Quando o sexo se transforma em violência - A disfuncionalidade familiar e o incesto
Opcional do 3º Ano do Mestrado Integrado em Psicologia
Introdução à Psicocriminologia
A disfuncionalidade familiar e o Incesto
Docente: Prof. Doutor José Manuel Pereira da Silva
Discente:
Liliana
Ano Letivo 2013/2014
Índice
Introdução
Tendo como base o artigo “Quando o sexo se transforma em violência”, este trabalho debruçar-se-á sobre um dos casos apresentados, caso de Roland, um adolescente de 17 anos de idade, que fala de atos de abuso sexual para com a irmã Céline de 9 anos de idade, mais especificamente, violação. Irão então ser estudadas neste trabalho sobre quais as influências que a família desempenha no desenvolvimento desta conduta delinquente em adolescente, usando o caso de Roland como base para análise.
Disfuncionamento familiar e Incesto
Incesto é um ato intimamente associado ao proibido. A proibição do incesto, presente em quase todas as suas definições, parece estender-se à proibição de se falar no assunto, tornando-se o mesmo num tabu, escapando um esclarecimento mais profundo do tema. A sociedade ainda tem dificuldade em aceitar o facto da família poder ser destrutiva, não configurando sempre um ambiente seguro. Com esta finalidade, o segredo é mantido dentro da família da mesma forma que a sociedade tem dificuldade para enxergá-lo e lidar com o problema (Cohen & Gobbetti, 2003).
A proibição do incesto, representada através dos mitos, religião e códigos é uma regra universal. Segundo Lévi-Strauss (1969), a proibição do casamento entre parentes próximos pode ter um campo de aplicação variável, de acordo com a definição de parentesco, mas a proibição ou a limitação das relações sexuais está presente em qualquer grupo. Desta forma, a proibição do incesto situa-se no limiar entre a natureza e a cultura. Entende-se que, por detrás da necessidade de tamanha proibição, só possa existir um desejo universal equivalente.