qualidade na educação infantil
É possível considerar a importância de se formar professores em contexto para avaliar a qualidade da Educação Infantil com o intuito de elevar o nível de qualidade da prática docente pela reflexão crítica do trabalho pedagógico com crianças pequenas. Pois, “educar com qualidade é correr riscos, é indagar, e interpretar, é abrir-se para a mudança, porque, no mundo contemporâneo, a mudança é a norma” (KISHIMOTO, 2007c, p. 268). A partir da Lei 9394/96, que estabelece novas diretrizes e bases para a educação nacional, o atendimento a crianças em creches (até 3 anos de idade) constitui a Educação Infantil, nível de ensino integrante da educação básica. Esta condição, ao mesmo tempo em que rompe com a tradição assistencialista presente na área, requer um aprofundamento do debate a cerca de quais seriam os modelos de qualidade para a educação coletiva de crianças pequenas. Ao discutir a temática Zabalza (1998, p. 50-54) aponta 10 aspectos-chaves da educação infantil de qualidade: 1 - organização dos espaços, 2 - equilíbrio entre iniciativa infantil e trabalho dirigido no momento de planejar e desenvolver as atividades, 3 – atenção privilegiada aos aspectos emocionais, 4 – utilização de uma linguagem enriquecida, 5 – diferenciação de atividades para abordar todas as dimensões do desenvolvimento e todas as capacidades, 6 – rotinas estáveis, 7 – materiais diversificados e polivalentes, 8 – atenção individualizada a cada criança, 9 – sistemas de avaliação, anotações que permitam o acompanhamento global do grupo e de cada uma das crianças, 10 – trabalho com os pais e as mães e com o meio ambiente (escola aberta). Entretanto, quando a educação infantil tem pouco de infantil, as experiências educativas revelam-se muito menos interessantes e estimulantes e podem, inclusive, criar dificuldades aos alunos e, assim, não obter deles as potencialidades que possuem. A qualidade no trabalho com a educação infantil em creches está relacionada à capacidade que o