qualidade de vida no trabalho

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO:
UM FERRAMENTAL PARA A QUALIDADE TOTAL
Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros *
O modelo de Qualidade Total, como instrumento de gerenciamento da produção, se substancia a partir da década de 80, tendo sua origem na engenharia e visando, especialmente, a processos e controles produtivos e tecnológicos da fabricação do produto. Com a evolução do conceito de Qualidade Total para serviços, abriu-se nova discussão sobre a necessidade de incluir nele o conceito de Qualidade Pessoal e, conseqüentemente, o de Qualidade de Vida no Trabalho como parte dos Programas de Qualidade Total.
Assim, a promessa de Qualidade Total é a melhoria do desempenho das empresas em três direções: (a) com os produtos desde sua concepção à venda; (b) com o seu ambiente, incluindo a rede de diferentes interlocutores; (c) com a mobilização de todo o pessoal, como ponto fundamental na estratégia de Qualidade Total.
Este último item apresenta-se como uma difícil tarefa. Trata-se de promover a participação de todos, em todos os escalões e em todas as etapas, no projeto de Qualidade Total das empresas.
A Qualidade Total não pode prescindir da participação efetiva de todos os membros da empresa. Os desafios e as metas da Qualidade Total dependem da mobilização das pessoas para o desenvolvimento das ações do programa. Por outro lado, o que se observa é que, apesar de as empresas estarem investindo em tecnologia, se verifica um desequilíbrio: descuidam-se em relação às estratégias de envolvimento do pessoal em direção à Qualidade Total. Entretanto, esse fator, que pode ser considerado o mais importante para a consecução das metas das organizações, pode ser trabalhado através de programas participativos, desde que se atente para a Qualidade de Vida no Trabalho.
Segundo Albuquerque & França (1998, p.43), “A qualidade deve ser gerenciada junto com a qualidade de vida”. No entanto, existe uma grande distância entre o discurso e a prática do que seria o bem-estar das