Qualidade de vida ao se aposentar
Não apenas por condições de vida objetiva (situação sócio-econômica, saúde, educação, lazer, etc.) que caracterizam as possibilidades de consumo de bens e serviços, mas principalmente, pela percepção subjetiva dessa condição. Dessa forma, o tradicional enfoque centrado na presença ou ausência de doença é insuficiente para dar conta dessa caracterização. Até mesmo os instrumentos multidimensionais de qualidade de vida que incorporam além da doença, dados objetivos de; atividades de vida diária(mobilidade, atividades instrumentais da vida diária, atividades de auto-cuidados diários básicos); recursos financeiros; uso de serviços e saúde; recursos sociais(relacionamentos com a família e amigos); saúde mental (funcionamentos cognitivos e ausência de sintomas psiquiátricos); recursos ambientais (moradia, transporte, serviços),são limitados na medida que os resultados são categorizados pelo referencial de valores do pesquisador.
A inclusão no conceito de qualidade de vida de variáveis subjetivas como; satisfação, prazer, felicidade e outras, e ainda dos valores percebidos e das prioridades associadas com a aspiração e necessidades individuais constitui um grande avanço e uma mudança de paradigma da doença para o da saúde. A percepção subjetiva não se limita a informar sobre o funcionamento psicoemocional, mas pode também fornecer informação sobre alterações da função física não detectadas em exames clínicos padrão (APPLEGATE e col.,1990), ainda, LAMB (1996) observa que mesmo a dimensão subjetiva da situação pessoal global e geral (bem estar, satisfação de vida, felicidade geral) associa-se com habilidades funcionais. Avaliar qualidade de vida é focalizar satisfação decorrente da percepção individual de um determinado atributo ou conjunto deles em relação ao sistema de valores dos indivíduos, seguindo um padrão auto-definido e pessoal.
Aspectos sociais e possibilidades de atuação
Desde meados dos anos 80, empresas de capital