Qual o sentido da educação?
Bem, hoje eu falo de educação. Sou professora Há 11 anos. Sou paraense. Uma região pobre, desprovida e negligenciada. Já fui estudante e pretendo continuar sendo. E minha práxis me permitiu chegar a algumas conclusões baseadas nas minhas observações e na vivência nos vários tempos em que frequentei, também, variados espaços escolares. Eu falo da minha realidade e não de meras suposições.
Mas, o que me leva a falar sobre educação, hoje, o que me desperta o tema neste momento, foi um acontecimento ímpar. Uma adolescente de 17 anos ganhando o Nobel da Paz. Sendo aplaudida pelo mundo inteiro. Apenas por que tinha dentro de si um desejo. Um desejo que a levou aos extremos. Inclusive correndo de perder sua própria vida: A garota queria estudar.
Simples não é? Estudar. Levantar, tomar seu café. Pegar a mochila e chegar à escola. Para ouvir a fala da professora, conversar com seus colegas (nas horas indevidas, que é a hora que aparece mais assunto), sair para o recreio. Sorrir. Correr. Aprender a ser gente. Meu Deus! Estudar! Não era simples. Não para ela.
No Brasil o ensino fundamental faz-se obrigatório. Até para os portadores de necessidades especiais severas, que já estão inclusos, em turmas ditas “normais”. É verdade que ainda não temos uma estrutura de ensino adequada. Não é dada, aos professores, a devida formação continuada. Cada um faz das tripas, o coração, para manter-se atualizado e cada vez mais qualificado. Porque, como disse Cazuza: “O tempo não para.” E o conhecimento renova-se a cada dia. Mas apesar disso tudo, temos as nossas escolas (públicas e privadas. E eu sou uma defensora da escola pública, por que eu sempre fui aluna dessa escola pública) e que ofertam um bom conhecimento, gratuito e até obrigatório até certo nível, como já falei anteriormente. Então, aqui sim, apesar de tudo a adolescente teria garantida a sua educação/formação, na escola, assim como, em vários outros espaços públicos ou mesmo privados que