“Quais concepções filosóficas estariam presentes nas práticas humanas atualmente, e, em especial, nas práticas sociais? que sentidos ou direções elas indicam?”
Comuna de Paris
Conheça a primeira experiência de governo proletário
Vitor Amorim de Angelo*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Na imagem de André-Adolphe-Eugène Disdéri (1819- 1889), a praça Vendôme destruída
Comuna de Paris é o nome dado à primeira experiência histórica de um governo proletário, ocorrida entre março e maio de 1871, na França. O movimento que levou à formação da comuna, entretanto, contou com a participação de outros extratos e segmentos político-sociais, como a pequena burguesia francesa, membros da Guarda Nacional e partidários do regime republicano, proclamado em setembro de 1870.
A formação da Comuna de Paris tem origem nos desdobramentos da Guerra Franco-Prussiana, de sorte que, para compreender essa experiência, é preciso relembrar o contexto em que vivia a França naquele período.
A Guerra Franco-Prussiana, ocorrida entre 1870 e 1871, colocou em lados opostos a França de Napoleão 3º e a Prússia de Otto von Bismarck. A vitória prussiana impôs uma séria de obrigações aos franceses: cessão de parte de seu território, pagamento de pesadas indenizações, ocupação da França por tropas prussianas.
A queda de Napoleão 3º resultou na formação da 3ª República Francesa - fase que se estenderia até a 2ª Guerra Mundial - e de um governo provisório de defesa nacional. Mas a Prússia acabou vencendo a resistência francesa. Em janeiro de 1871, um armistício suspendeu as operações militares; e, no mês seguinte, a Assembléia Nacional, de maioria conservadora, elegeu Louis Adolphe Thiers presidente da República. A ele caberia negociar a rendição francesa.
A tomada de Paris
À dissolução do Exército seguiu-se a tentativa de Thiers de desmilitarizar a Guarda Nacional. Mas seus integrantes resistiram em entregar os canhões ao governo, chegando até mesmo a atacar o Hôtel de Ville, sede do governo provisório, levando seus membros a fugir para Versalhes. Paris ficou,