QAI
Entende-se por ar interno aquele de áreas não industriais, como habitações, escritórios, escolas e hospitais1. O estudo de sua qualidade é importante para garantir saúde aos ocupantes dos diferentes edifícios, bem como o ótimo desempenho de suas atividades2.
A preocupação com a Qualidade do Ar Interno (QAI) surgiu principalmente com a tendência em se construir edifícios selados por motivos estéticos, controle de ruído e mesmo climatização, o que acabou provocando um aumento nos casos de problemas relacionados à qualidade do ar de tais ambientes3.
O interesse por estudos sobre a QAI surgiu após a descoberta de que a diminuição das taxas de troca de ar nesses ambientes era a grande responsável pelo aumento da concentração de poluentes biológicos e não biológicos no ar interno. Essa preocupação se justifica uma vez que grande parte das pessoas (em torno de 80-90%) passa a maior parte do seu tempo dentro destes edifícios e, consequentemente, exposta aos poluentes destes ambientes4-6.
Estudos da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) indicam que os níveis de concentração de poluentes podem ser de duas a cinco vezes maiores em ambientes internos do que nos externos, mesmo em cidades altamente industrializadas. Esse fato, juntamente com o tempo de permanência em ambientes internos, faz com que os riscos à saúde humana sejam muito maiores nesses locais7.
De acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais da metade dos locais fechados como empresas, escolas, cinemas, residências e até hospitais tem ar de má qualidade. Essa baixa qualidade é causada, principalmente, pela má higienização dos aparelhos de ar condicionado e pela falta de controle periódico sobre as possíveis fontes de contaminação8.
Conforme Carmo e Prado9, vários poluentes como monóxido e dióxido de carbono, amônia, óxido de enxofre e nitrogênio, são produzidos dentro do edifício por materiais de construção, materiais de limpeza, mofo, atividades domésticas