Público infantil
Por Arnaldo Rabelo
Uma área em que é muito comum observarmos escolhas inadequadas por parte das empresas é a definição do público. Com este ponto mal definido, toda a definição estratégica da empresa pode ficar comprometida. Se a empresa trabalha com um mercado consumidor muito amplo, dificilmente vai atender bem a todo o público.
Observando bem o mercado, podemos ver que é composto por pessoas com diferentes necessidades. A divisão desse mercado heterogêneo em grupos menores e mais homogêneos é o que se chama segmentação, pois dividimos o mercado em segmentos. Os critérios usados para essa divisão são as características que definem seu padrão de consumo (geográficas, demográficas, psicográficas e comportamentais).
No caso de produtos infantis, devemos levar em consideração alguns pontos importantes:
Quem decide a compra não é quem usa o produto.
Aqui devemos considerar que no processo de compra existem papéis que podem ser desempenhados por diferentes pessoas (iniciador, influenciador, decisor, comprador e usuário). Na escolha de público não podemos pensar apenas no usuário, mas também em quem desempenha os outros papéis de compra.
A idade influencia quais fatores são mais importantes.
Os adolescentes e os adultos têm nos fatores sociais e culturais uma forte influência no seu padrão de consumo. Já as crianças são mais influenciadas pelos fatores pessoais e psicológicos. Quanto mais nova for a criança, mais suas habilidades e capacidades são moldadas pelo seu estágio de desenvolvimento biológico.
Assim, as crianças de 0 a 2 anos de idade podem ser consideradas apenas usuárias de seus produtos, sem causar nenhuma influência de opinião no seu consumo. Suas necessidades estão relacionadas à sua forte ligação com a mãe e à percepção do mundo que a rodeia através de seus sentidos.
As crianças de 3 a 7 anos de idade já começam a ser influenciadas por fatores sócio-culturais e estão em outro estágio de desenvolvimento