pós modernismo espaço urbano e olimpíadas
A insurgência do contexto que muitos autores costumam chamar de pós-modernista vêm acometer diversas dimensões da vida humana, mesmo nas ciências e nas artes, o que não exclui, no campo arquitetônico-urbanístico, a escala da cidade. O meio urbano, que se apresentava na modernidade como um arranjo de espaços segmentados , assimilados no planejamento através de proposições de zoneamento, setorização, hierarquização e interdependencia funcional, tende agora a se dilacerar em composições fragmentadas, cujos espaços se contrastam em escalas cada vez menores, desmontando antigas centralidades e fundando novas, numa lógica complexa de diluição do público e redefinição incessante do valor da terra urbana.
Participam dessa lógica aspectos como a financeirização do mercado, que enfatiza a cidade mesma como mercadoria na qual a conformação dos espaços é cada vez mais volátil e efêmera, reduzindo planos e perspectivas para o curto-prazo e frequentemente deixando como aspecto secundário a noção de legado. Ao mesmo tempo em que se enriquece a diversidade e talvez a vitalidade urbana em função da multiplicação de usos, pólos e possibilidades de fruição, a cidade pós-moderna, numa espécie de colcha de retalhos, protagoniza a degeneração das estruturas fordistas de produção cedendo aos espaços de consumo, regulados pela especulação imobiliária e encontrando em seu ápice a própria cidade como artigo que disputa com os demais em nível transnacional a atenção de povos e corporações.
As Olimpíadas modernas, fundadas em 1896, atravessam a passagem do século XX ao XXI como um exemplar da relação entre o Pós-moderno e a Cidade, incorporando além de todos os aspectos já citados, paradigmas como o do sustentabilidade, da experiênciação e da globalização, explicitamente descritos pelo IOC (Comitê Olímpico Internacional):
“The Olympic Games is about more than sport. The Games is a celebration of humanity, providing Olympic sponsors with a rich