PÓS-MODERNIDADE
As características fundamentais da relação entre a ação da memória e a construção identitária. A memória é seletiva, não lembra de tudo, não quer ou não pode lembrar de tudo. As preocupações e as estruturas de sentimento do presente são os elementos de estruturação da memória. Em segundo, a memória é construída tanto social como individualmente, esta construção pode ser consciente ou inconsciente.
As pessoas gravam, excluem, recalcam, relembram etc. Por conta disso a memória é constituinte da identidade, fenômeno que se produz em referencia aos outros, a partir dos critérios de negociação, aceitabilidade e credibilidade junto aos outros. E por fim a compreensão de que memória e identidade são construídos na disputa. São valores e modos de vida, disputados em conflitos sociais e intergrupais. é possível afirmar que cada pessoa é uma maquete de sua sociedade.
Obviamente não numa relação mecânica e automática, mas no sentido de que os sujeitos são produtos e produtores de toda uma rede em torno de sí. E por isso também representativos e necessários na compreensão dos fenômenos sociais ligados às mudanças socioais que se operam no contexto em análise. São representativos à medida que evidenciam no ato da fala, os conflitos, as expectativas e os projetos institucionais em disputas, dos quais passam a fazer parte. Re m suas opções, reelaboram a imagem de sí e a imagem que querem deixar que seja vista, que seja “gravada”.
Entre os defensores da existência de um momento pós-moderno, a oposição radical em relação à modernidade não é ideia dominante. A perspectiva relacional, análoga à definida por Andreas Huyssen, tem predominância. Em seu estudo acerca do discurso pós-modernista, Italo Moriconi concluiu que o prefixo “pós” não remete a “após” ou “não modernidade” e sim a um período posterior em constante diálogo com a modernidade.
A importância da modernidade não é negada, a partir da sua manutenção como “palavra-núcleo”, mas a necessidade