Pós Modernidade e Igreja Cristã
São Bernardo do Campo, novembro de 1998.
Disciplina Igreja e Sociedade
A condição pós-moderna e a Igreja Cristã: uma reflexão
Somos uma geração, em certa ótica, privilegiada. Por que? Porque não são todas as gerações que experimentam viver em um período tão recente de mudança de momento histórico, como o da Idade Antiga para a Idade Medieval, da Medieval para a
Moderna, e agora, da Moderna para a Contemporânea, ou como muitos preferem chamar: pós-modernismo. Todas essas mudanças acarretaram certas conseqüências e características peculiares. Contudo, temos tido o privilégio não só de testemunhar, como também de participar de um momento “sui gêneri” da história humana.
Pós-modernismo é um termo que se aplica às mudanças nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde, aproximadamente, 1950. Essa noção, bastante inclusiva e flexível, teria sua origem metafórica a partir de mudanças radicais na arquitetura e da introdução do uso dos computadores.1
O pós-modernismo é caracterizada por uma série de vertiginosas mudanças, que devem ser discutidas tanto pela ciência como pela Igreja. Sendo assim, é fundamental analisar essas características e suas várias implicações na sociedade.
1
ROSA, Ronaldo Sathler. Ação pastoral em tempo pós-moderno: uma perspectiva brasileira, In Estudos de
Religião 12. São Bernardo do Campo, Grande ABC Editora Gráfica S.A., 1996, p. 97, apud J. Santos
(1986).
2
Nessa perspectiva, observamos que mesmo com todo o avanço cientifico e tecnológico da Pós-Modernidade, as encruzilhadas são múltiplas e os desafios assustadores.
São muitos os paradoxos, e estes abrangem as áreas mais diversas da existência.
O pós-modernismo tem moldado e condicionado as pessoas em suas características e hábitos coletivos ou individuais. Este é pois, o momento da história da humanidade na qual vivemos; queira ou não queira é o nosso “sitz in leben”. Não há como viver fora da realidade e a aparente crise do cristianismo