Punção Intraóssea
Consiste na introdução de uma agulha na cavidade da medula óssea, possibilitando acesso à circulação sistêmica venosa por meio da infusão de fluidos na cavidade medular, fornecendo uma via rígida, não colapsável, para a infusão de medicamentos e soluções em situações de emergência.
Descrita pela primeira vez em 1922, a técnica de acesso intra-ósseo foi extensamente utilizada na 2ª Guerra Mundial, caindo em desuso com o advento dos cateteres sobre agulha.
Revisada nos anos de 1980 quando passou a ser reaplicada em crianças e mais recentemente em adultos.
Segundo as diretrizes de RCP-AHA 2005, a punção IO promove acesso rápido, efetivo e seguro ao sistema circulatório, para a administração de medicamentos e fluidos em pacientes de todos os grupos etários, sendo a primeira opção depois do acesso venoso periférico.
Pode ser realizada por Enfermeiros ?
Parecer CTA 006/95 (Ref PAD-COFEN n 43/95), referente a Punção Intra-óssea em Pediatria, é favorável a realização do procedimento pelo Enfermeiro.
Parecer COREN-SP CAT 001/2009, referente a realização de punção intra-óssea por Enfermeiros.
Considera as ações privativas do Enfermeiro Lei 7.498/86, regulamentada pelo Decreto 94.406/87, ressalta que todas as ações de maior complexidade técnica na Enfermagem devem ser assumidas por este profissional.
Considera-se lícito que o Enfermeiro realize a punção IO em situações de urgência e emergência, desde que capacitados para tal finalidade, seguindo protocolos voltados à execução do procedimento e aplicando cuidados de Enfermagem ao paciente antes, durante e depois do procedimento.
Está indicada em casos de necessidade urgente em acessar a circulação sistêmica:
PCR
Choque hipovolêmico
Politraumatismo.
Qualquer medicamento ou solução que seria administrado na via intravenosa pode ser administrado via intraóssea, incluindo medicamentos para ressuscitação, como a adrenalina, o bicarbonato de sódio e o cloreto de cálcio, qualquer volume de líquidos