PULPECTOMIA
Para escolher um tratamento mais radical como a pulpectomia, deve-se avaliar assim como para escolher a pulpotomia, a história médica e odontológica, todos os sinais associados com a história clínica, exame clinico, exame radiográfico e testes clínicos (avalia-se mobilidade: fisiológica ou patológica;).
Pulpectomia é a remoção de todo o tecido pulpar infectado ou necrótico, através do debridamento, alargamento e desinfecção dos canais seguido de obturação com pasta reabsorvível (pois o dente sofre esfoliação e esse material precisa acompanhar esse processo). A Academia Americana de Pediatria ainda classifica a pulpectomia em:
- Biopulpectomia: quando a polpa radicular apresenta vitalidade, mas tem um grau de inflamação em que a pulpotomia já não está mais indicada.
- Necropulpectomia: quando a polpa radicular não apresenta mais vitalidade.
A instrumentação de canais radiculares de dentes decíduos tem limitações por alguns fatores como o contato íntimo da raiz do decíduo (principalmente em molares) com o germe sucessor e a instrumentação errada desses canais poderia levar a algum dano do germe em formação. Outro fator que era limitante à instrumentação desses canais é a presença da peneira biológica (assoalho dos dentes decíduos), que permite não só a difusão de medicamentos como também de toxinas produzidas pelas bactérias e acabam alcançando a área interradicular. Acreditava-se então que podia colocar o medicamento na peneira e o medicamento atuaria ali e, portanto, não seria preciso instrumentar os canais. Mas estudos comprovaram que as bactérias se alojam mais nos canais radiculares. E a outra questão é o limite de onde se pode instrumentar, pois os dentes decíduos sofrem rizólise.
A anatomia dos dentes decíduos é muito complexa. Os molares superiores possuem 3 raízes (2 vestibulares e uma palatina, sendo o canal palatino o mais amplo). Os molares inferiores têm duas raízes (uma distal e uma mesial, sendo o canal distal mais