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No primeiro prefácio Durkheim começa apresentando a sociologia como uma ciência que estuda as sociedades, sendo o seu principal objeto de estudo os fatos sociais. Nesse prefácio é mostrado que o autor tem duas ênfases principais: que os fatos sociais devem ser pesquisados e estudados como coisas concretas e que a sociologia é uma ciência e como tal deve se separar das conclusões existentes no senso comum.
O autor mostra que o crime é um exemplo de fato social. Segundo os espiritualistas esse só ocorre devido a estados mentais alterados, já o senso comum acabaria por acreditar que seria melhor o crime não existir. Porem, analisando de forma sociológica, a eliminação do crime só seria possível se todos os indivíduos da sociedade seguissem as normas desta sociedade ou tirar a característica “criminal” desse fato afim de que ele acabe por se tornar algo aceitável.
A sociologia tem como principal função e objetivo quebrar com as opiniões e preceitos que estão integrados nos costumes da sociedade. Isso não mostra que ela aceita o crime. Se esse é algo normal na sociedade, a sua punição, até mesmo feita pelo uso da força, acaba por se tornar algo que gera um sentimento de aversão.
O que se chama de positivismo na sociologia é sua racionalidade em explicar os fatos sociais como coisas, de natureza não volúvel como os estados mentais, decorrente de condições objetivas, redutíveis a relações de causa e efeito. Ao assumir os fatos sociais como algo que se percebe bem, não há motivo para procurar suas razões fora deles e seu valor de uso para a sociedade, mesmo quando detestável como o crime, é uma destas razões.
Depois de ter sua total separação com a filosofia, a sociologia acabou por definir o seu método de pesquisar os fatos sociais. O principal meio para estudar esses fatos sociais é os definindo como coisas. Dessa forma esses fatos não devem ser encarados com preconceitos ou pré-julgamentos, requerem uma observação e experimentação imediatamente acessível, para