Publicidade na televisão
A primeira década de propaganda na TV limitou-se em quesitos de criatividade, pois na visão de Sergio Mattos (2000), autor da obra História da Televisão Brasileira, a propaganda desde seu inicio se caracterizou como veículo publicitário, onde assim como hoje, os comerciais eram transmitidos nos intervalos dos programas. Porém, estes eram transmitidos ao vivo e todos seguiam o mesmo padrão. Usavam garotas – propaganda para vender seus produtos. Entretanto, sempre que ocorria algum problema era necessário que as garotas improvisassem, e na maioria das vezes elas se saiam muito mal, acabando em um grande desastre, no entanto, algumas conseguiram se destacar, a atriz Neide Aparecida, reconhecida como a primeira garota - propaganda da televisão brasileira, que fazia o público delirar quando estalava os dedos e fazendo biquinho gritava: “To-ne-lux!”.
Já no ano seguinte à estréia da televisão no Brasil, em 21 de Dezembro de 1951, a agência americana JW Thompson colocou ao ar a primeira telenovela brasileira “Sua vida me pertence” de Walter Foster, entretanto, os aparelhos de TV eram caros e somente a classe alta os possuíam, mas em 1954, entre Rio de Janeiro e São Paulo já existiam aproximadamente 12 mil televisores, num total de 24 mil em todo país, mas somente depois dos anos 60 que a televisão começou a se transformar no meio publicitário mais poderoso, quando adaptou a programação para aumentar a magnitude da audiência ao dirigir-se às classes mais baixas para satisfazer as necessidades das agências e seus clientes, e em 1961 foi promulgado o decreto que fixou em três minutos a duração do intervalo comercial. No ano seguinte a publicidade televisiva, 3 absorvia 24% dos investimentos publicitários. No ano do golpe militar, 1964, havia no país trinta e quatro estações de televisão e mais de 1,8 milhões de aparelhos receptores. Três anos mais tarde, 1967, foi criado o ministério das Comunicações que em 1971 determinou