Pubalgia
A pubalgia, também conhecida como pubeíte ou osteíte púbica, é em uma condição dolorosa da sínfise púbica ou na origem adutora que se agrava gradativamente com o esforço físico e melhora com realização de repouso e exercícios fisioterápicos. É um quadro que gera dor na virilha e na região central do osso púbis. Ela é mais frequente em jogadores de futebol, mas também acomete corredores de longa distância e geralmente atrapalha bastante a rotina de treinos e competições.
A pubalgia pode ser do tipo aguda (pubalgia traumática) ou crônica (pubalgia crônica) sendo sua causa movimentos repetitivos, o mecanismo de lesão engloba movimentos de hiperextensão repetitiva do tronco em associação com hiperabdução da coxa, com tração do periósteo na inserção do músculo reto abdominal ou na origem do músculo adutor longo da pelve. Acredita-se que o excesso de tração muscular com vetores multidirecionais leve a degeneração da sínfise púbica.
Podemos pensar no osso púbis como um cabo de guerra. Acima dele se inserem os músculos abdominais e abaixo os músculos adutores do quadril (que fecham o quadril). A pubalgia acontece quando um dos lados do cabo puxa mais forte do que o outro, ou seja, quando um dos grupos musculares se sobrepõe de forma exagerada sobre o outro. Em geral os músculos adutores levam a vantagem sobre os abdominais, o que também gera inflamação na inserção dos músculos adutores no púbis.
O diagnóstico da pubalgia é realizado através de uma avaliação dos sintomas, juntamente com uma avaliação biomecânica. No exame clínico, observa-se a presença de uma exacerbação de sensibilidade no tubérculo púbico anterior. A dor também pode ser minimizada pela flexão do quadril, rotação interna e contração da musculatura abdominal. O importante no diagnóstico é estabelecer uma relação entre o histórico e o exame físico. Pelos exames de imagem, a radiografia simples pode mostrar a degeneração da sínfise púbica e a ressonância magnética, mostra edema ósseo