Psiquê
Psique (do grego ψυχη, psykhê, "Alma" ou "Borboleta") é uma princesa humana pela qual o deus Eros (ou Cupido, para os romanos) se apaixonou, mas que depois o decepcionou. Lutou, porém, para reconquistar seu amor e acabou por conseguir seu propósito e ser levada ao Olimpo.
Aparece como personagem principal de um conto narrado por uma velha no romance O Asno de Ouro, de Lucius Apuleius (século II d.C.), provavelmente um conto de fadas tradicional adaptado às concepções literárias e filosóficas do autor. Imagens e estátuas alusivas ao mito aparecem desde o século V a.C. e são abundantes na arte helenística e romana, muito antes de Apuleius.
A lenda de Psique
Psique era a mais nova de três filhas de um rei de Mileto e era belíssima. Pessoas de várias regiões iam admirá-la, assombrados, rendendo-lhe homenagens que só eram devidas à própria Afrodite.
Eros partiu para cumprir sua missão. Mas Psique era tão bela, que ao vê-la, Eros feriu-se com uma de suas próprias flechas. Apaixonado, tornou Psique inatingível aos mortais terrenos e disse à mãe que estava livre da rival.
Embora todos os homens a admirassem, nenhum por se apaixonou por Psique, e apesar de menos belas, suas irmãs logo se casaram com reis. Psique, amada por Eros sem que o soubesse, não amava ninguém. A solidão de Psique preocupou seu pai, que consultou o oráculo de Apolo, receando ter ofendido os deuses sem o saber.
Eros pediu ajuda a Apolo e este ordenou aos pais da princesa que a vestisse em trajes nupciais, pois do alto de certa colina, uma serpente alada e medonha, mais poderosa que os próprios deuses, a desposaria.
O rei acatou a ordem do oráculo e deixou-a sozinha na colina, aguardando seu destino. Mas a espera é tão longa que Psique adormeceu e a suave brisa de Zéfiro a transportou para uma planície coberta de flores. Perto corriam as águas claras de um regato e, mais adiante, erguia-se um magnífico palácio. Ao despertar, Psique ouviu uma voz que a convida a entrar no