Psiquiatria Trascultural
Neste trabalho iremos falar sobre a psiquiatria transcultural que se refere ao estudo e comparação da doença mental e de seu tratamento em diferentes culturas e grupos sociais, o seu enfoque é principalmente sobre a forma com que os fatores culturais interferem na “perturbação” mental, em vez da patologia mental em si. A pesquisa sobre o assunto é realizada por psiquiatras e antropólogos, enquanto os psiquiatras se preocupam em compreender os distúrbios psicológicos, ou doenças mentais, como por exemplo, a esquizofrenia, os antropólogos têm como objetivo saber como as diversas culturas existentes pensam a cerca do conceito de normalidade e anormalidade e a influência da cultura sobre tal pensamento.
Os dois grandes dilemas encontrados na questão do estudo desse assunto são: o diagnóstico e o tratamento de doenças mentais quando o profissional de saúde e o paciente são de origens culturais diferentes e os efeitos das mudanças sociais, como por exemplo, a migração, bem como o efeito da pobreza sobre a saúde mental. Um dos fatores que relacionam a cultura com a doença mental é a definição de “normalidade” e “anormalidade” em uma determinada sociedade e a diferença entre “anormalidade” e “doença mental”. Essas definições variam em todo o mundo, mesmo dentro de uma mesma população, podem existir variações e tais definições normalmente se baseiam em crenças compartilhadas entre um grupo de pessoas, o que é “normal” para uma cultura pode ser considerada “anormal” para outra.
Psiquiatria Transcultural
Anormalidade Controlada e anormalidade descontrolada
O conceito de “normalidade” é um conjunto de atributos, tais como: crenças compartilhadas entre um grupo de pessoas sobre o que constitui o modo ideal ou adequado das pessoas conduzirem suas vidas em relação aos demais, além do comportamento também são levadas em conta, por exemplo, as roupas que usam, seu corte de cabelo, sua higiene, seus gestos, entre outros.
A maioria das