psilideo e mosca das frutas em citros
O psilídeo era considerado uma praga secundária da citricultura brasileira, pois seus danos diretos não causam grandes prejuízos, contudo, à partir do ano de 2004 passou a ganhar destaque como principal praga da cultura no Brasil.
Morfologia
O psilídeo, Diaphorina citri (Hemiptera: Psyllidae) é um inseto que quando adulto mede de 2 a 3 mm, tem uma coloração acinzentada com manchas escuras nas suas asas, são geralmente encontrados na parte abaxial da folha posicionando-se em uma ângulo de 45 º. Suas ninfas são achatadas de coloração alaranjada tornando-se, posteriormente, amarronzada. São encontradas alimentando-se em brotos novos onde secretam uma grande quantidade de uma substância branca açucarada (honeydew). Os ovos são de coloração amarelo-alaranjado sendo depositados em brotações novas. O ciclo de vida do inseto é de 15 a 40 dias podendo variar conforme a temperatura, sendo mais curto em locais quentes e mais longo em locais com temperatura mais amena.
Danos Diretos
Em condições de temperatura e umidade relativa que favorecem o seu crescimento populacional, este inseto pode causar danos diretos, tais como deformações de folhas jovens e seca de brotações (Halbert & Manjunath, 2004; Michaud, 2004). Tais danos são resultantes de injeção de toxinas que levam a alterações no crescimento das partes atacadas.
Danos indiretos
O primeiro dano indireto que psilídeo pode causar é a fumagina, resultante do excesso de honeydew, substancia branca açucarada secretada pelas ninfas. À fumagina pode levar ao secamento das estruturas vegetais atacadas, e em altas densidades, pode haver abscisão de folhas e mesmo de todo o ramo infectado (Paiva, 2009). O segundo dano é a transmissão da bactéria Candidatus Liberibacter spp., associadas ao HLB ou “greening”. Devido ser o vetor desta bactéria o psilídeo veio a se tornar a partir de 2004 a principal praga chave da cultura do citros nos dias atuais. O Greening