Psicólogo Réne Spitz
René Arpad Spitz, psicanalista austríaco, nasceu em 1887 em Viena, e faleceu em 1974, no Colorado, Estados Unidos. Formou-se em Medicina tendo-se especializado em Psicologia Infantil e foi o primeiro a fazer investigação nesta área. Foi para os EUA onde ensinou Psicologia de Orientação Psicanalítica em Nova Iorque e depois Psiquiatria na Universidade do Colorado.
Desenvolveu estudos experimentais sobre as trocas emocionais entre a criança e a mãe. A teoria de René Spitz é a de que o sorriso é o primeiro organizador da mente. Considera que o sorriso, que ocorre entre as seis e as doze semanas, é a primeira manifestação intencional desenvolvida na comunicação mãe/bebé.
Spitz estudou o efeito que a ausência de uma relação materna pode provocar nas crianças. Esta análise foi feita em crianças pouco estimuladas, órfãs ou abandonadas, criadas em asilos e orfanatos, tendo designado por Hospitalismo, a depressão resultante desta situação de abandono, e comparou-as com as crianças dos berçários das prisões. (O hospitalismo é o conjunto de perturbações que o bebé pode sofrer devido a carências maternas pois há uma falta da figura materna na sua vida). As crianças que foram abandonadas encontravam-se alienadas do meio sem qualquer tipo de atenção e, desde aí se percebeu que a interacção dos adultos com as crianças é um motor necessário para um bom desenvolvimento. Os dados que retirou da sua experiência foi que as crianças órfãs ou abandonadas eram incontinentes e o seu desenvolvimento era pouco enquanto os bebés criados nos berçários das prisões apresentavam um desenvolvimento saudável e acelerado levando-o a concluir que a falta de contacto materno era o factor que impedia o desenvolvimento das crianças do orfanato e afirmou que, “O quadro contrastante dessas duas instituições mostra a importância da relação mãe/filho para o desenvolvimento da criança durante o primeiro ano.”