Psicoterapia e Desenvolvimento de Bebês
Psicoterapia e Desenvolvimento de Bebês
È dispensável relatar sobre os benefícios de uma relação salutar na díade mãe e filho, na maioria das vezes iniciando já na concepção, o cuidado, o carinho, a atenção e o amor materno fazem parte de nossas vidas desde que o ser humano se tornou um ser social, e é indispensável para o bom desenvolvimento neurobiológico e psicológico de cada um.
Segundo Neumann (PORTILLO, 2011) o ser humano é incapaz de ser independente logo após o nascimento, diferentemente dos demais animais, prorrogando assim sua fase embrionária para além do nascimento, chegando até a 1 ano pós-uterino, fazendo com que a criança continue não só conectada fisicamente e psicologicamente com a mãe, mas sim continue dependente da mesma.
Winniccott (MOTTA; LUCION; MANFRO, 2005) introduziu a idéia da “preocupação materna primária” como sendo um estado em que a mãe consegue empatizar as necessidades primárias do bebê e satisfazê-las adequadamente. Para o autor, a mãe “suficientemente boa” é a que consegue ter essa capacidade e o entendimento da importância para que o desenvolvimento mental do bebê possa se dar apropriadamente.
Mas nem sempre é assim, por diversas razões em alguns casos, a relação mãe e filho não é aquela que propicia um desenvolvimento “normal” para a criança, desencadeando uma série de problemas e dificuldades, sejam elas motoras, psíquicas ou sociais no decorrer da infância, adolescência e até mesmo da vida adulta.
Uma das razões para a quebra de uma harmoniosa relação e foco deste artigo é a depressão materna, sendo que através de diversos estudos, foi possível confirmar a significativa associação de depressão materna a alterações no padrão de interação mãe-bebê, resultando em diversos tipos de atrasos, alterações e prejuízos na criança.
Devemos assim estar