Psicoterapia de grupo & relações humanas
Foi a partir da Segunda Guerra Mundial que os trabalhos com grupos tiveram maior projeção e evidência. Os psiquiatras que pertenciam ao War Selection Board tinham a tarefa de selecionar e agrupar oficiais para a guerra e foi a partir disso que passaram a se interessar pelos fenômenos grupais.
Duas grandes correntes surgiram a partir dessas experiências. De um lado a grupanálise de Foulkes, que incorporou a teoria clássica freudiana e contribuições da Gestalt e da Sociologia, aplicadas a situação de pequenos grupos, que culminaram com a fundação da Sociedade de Grupanálise de Londres na década de 60. Do outro lado deram origem no pós-guerra, na clínica Tavistock, a trabalhos grupais de influência kleiniana, desenvolvidos por Bion e Ezriel e à criação a Tavistock Institute of Human Relations em 1946. Tom Main designado para Cassel Hospital no mesmo ano foi ainda o fundador das comunidades terapêuticas na Inglaterra, assim como Pierre Turquet (1994) desenvolveu a pesquisa com grandes grupos e também com famílias que resultou na criação no Institute of Marital Studies dentro do Tavistock Institute.
Influenciado pela teoria da psicanálise freudiana e pela Gestalt para Foulkes a grupanálise é criada como uma forma de psicoterapia grupal onde se investe em trazer o inconsciente para a esfera consciente a procura da individualidade do self que inicia na infância e levada adiante até o momento atual da vida do indivíduo.
O indivíduo vai formando através de sua interação com outras pessoas uma mátria relacional interna, ou uma matriz pessoal de grupo e quando o indivíduo reexperimenta as situações emocionais conflituosas, repetindo no “aqui-agora” as suas relações num estágio pré verbal, é possível elaborar e corrigir algumas atitudes.
A GRUPANÁLISE
O contexto da representação dos objetos no começo ao fim da grupanálise deve ser considerado. No inicio, encontram-se representações de objetos imparciais, ambivalentes e