Psicoterapia analítico comportamental
A PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL Aplicação sistemática dos princípios da aprendizagem à mudança do comportamento, no sentido de promover formas mais adaptativas e positivas de interação” (Sénéchel-Machado, 2001, p. 51). De maneira geral seu objetivo é eliminar o sofrimento das pessoas através da alteração do(s) comportamento(s) problema(s) propiciando novas condições de aprendizagem e, conseqüentemente, favorecendo um estilo de vida mais gratificante para a pessoa que solicita este tipo de ajuda. A terapia visa o autoconhecimento do cliente, ensinando-o a observar-se, bem como a fazer relações entre os comportamentos e seus eventos antecedentes e conseqüentes de maneira a tornar evidentes aqueles que precisam ser alterados ou substituídos, assim como a identificar aqueles comportamentos que devem ser mantidos. Para Skinner (1953), a psicoterapia é uma “agência controladora, cuja função é desfazer os efeitos colaterais da punição a que os indivíduos são submetidos; é tarefa do terapeuta colocar-se numa situação diferente (da exercida por outros agentes de controle). Evita, portanto, consistentemente “o uso da punição” (p. 350, citado em Banaco, 2004). A terapia comportamental está baseada nas propostas do behaviorismo radical e é feita a partir de uma unidade que, até o momento, é descrita como possuindo três termos: o comportamento e seu contexto ambiental antecedente e conseqüente. O behaviorismo radical é claramente evolucionista, já que o comportamento humano é considerado como sendo o produto conjunto de: a) contingências de sobrevivência responsáveis pela seleção natural; b) contingências de reforço responsáveis pelo repertório dos indivíduos, incluindo c) as contingências especiais mantidas por um ambiente social evoluído. A vida, “definida como uma molécula que se reproduz e, ao se reproduzir é modificada – isto é, selecionada em suas características