Psicossomatica
Cada vez tem sido mais freqüente a utilização deste termo “doença psicossomática”, que leva ao encaminhamento de várias pessoas que estão com alguma doença física para um atendimento psicológico/psicanalítico.
Geralmente esta conduta, que pode partir dos próprios médicos que acompanham o caso, gera muitas dúvidas ao paciente: “mas como é psicológico se está doendo?”; “mas é verdade, não é coisa da minha cabeça?”.
A hipótese de que uma pessoa tenha uma doença psicossomática não significa que a dor e a enfermidade não existem. Pelo contrário, o corpo realmente está em sofrimento, com dores, feridas, descontroles e descompensações orgânicas, que inclusive são até dificilmente controladas com as terapias medicamentosas e os recursos da medicina tradicional.
Medicina psicossomática é um novo termo, mas descreve uma concepção da medicina tão velha como a própria arte de curar. Os médicos sempre souberam que a vida emocional tinha algo a ver com a doença, mas os conceitos estruturais introduzidos por Virchow levaram a separar a doença da psique humana e a considerá-la como sendo apenas uma perturbação de órgãos e células. Com esta separação das doenças em diversas moléstias, veio a formação dos especialistas para atenderem às diversas enfermidades. Com os especialistas surgiu o emprego dos instrumentos de precisão e teve início a mecanização da medicina.
INTRODUÇÃO À PSICOSSOMÁTICA
A medicina atual limita-se ao estudo do organismo como um mecanismo fisiológico, evidenciado pela química do sangue, pela eletrocardiografia e outros métodos de investigação, mas não revelando e, em verdade, freqüentemente conservando pouco significativo, o fundo psicológico do paciente, o qual não foi considerado tão científico como os resultados dos estudos de laboratório. Este período pode, em verdade, ser referido como a "idade da máquina da medicina". Não se pode negar que notáveis desenvolvimentos ocorreram durante este período de ascendência do laboratório, mas