Psicossociologia das organizações
Frederick Taylor e a Organização Científica do Trabalho
Taylor apercebe-se, desde logo, de uma série de problemas de organização que afectavam as empresas na sua época (fins do século XIX, início do século XX):
• Ideia, errada, de que o aumento da produtividade do trabalhado iria levar a desemprego e miséria para os operários, já que a produtividade leva a que a empresa produza mais e, logo, possa aumentar a sua dimensão e pagar melhor aos seus empregados;
• Actuação irracional e aleatória dos capatazes (que variava consoante a sua disposição no momento), assim como a inexistência de recompensas salariais justas para os trabalhadores. Face a isto Taylor propõe a especialização e padronização no trabalhos e justas recompensas salariais;
• Gestores e patrões não tinham noção do que era uma boa gestão da empresa/fábrica, desconheciam os métodos correctos de trabalho. Taylor propõe o estudo dos tempos de trabalho, das pausas necessárias, estudo da fadiga humana, para se definir qual a pessoa certa para cada lugar na fábrica e para implementar a padronização e as tarefas de rotina de cada trabalhador.
Assim, quais são estes métodos científicos de estudo e organização do trabalho?
1. O estudo sistemático e aprofundado dos tempos, movimentos, gestos e pausas do trabalho que permita definir quanto tempo é mesmo necessário para efectuar cada tarefa → inserção do “cronómetro” na fábrica; padronização do trabalho.
2. Estudo da fadiga humana e a divisão do trabalho e especialização: cada pessoa faz tarefas muito simples e rotineiras;
3. Uma Selecção Científica do Trabalho: homem certo para o lugar certo;
4. O salário à peça, os prémios de produção,
Trata-se, aqui, da ideia de “Homo economicus”: ideia de que os homens só têm interesses económicos e financeiros e que tudo farão por um melhor salário;
Organização Científica do Trabalho: estudo minucioso dos tempos e pausas no trabalho permite uma