psicose
Adorável Psicose
2013
Defendi a escolha do tema para esse ciclo pelo meu crescente incômodo de assistir e ler sobre psicopatologias, psicoses, paranoias, e todo essa cena que ainda estou me expondo e que se intensificaram nesse semestre.
Um mecanismo de defesa e repulsa foi instalado a medida que os temas eram apresentados, uma fala interna constante a negar e afirmar que aquilo estava tão distante de mim....
As horas clínicas quando eram apresentados casos rumorosos e de grande repercussão pública fortaleciam a hipótese de não identificação com tudo aquilo.
Mas foram nos seminários clínicos, no contar dos colegas de atendimentos de casos limítrofes entre neurose e psicose, nas causas da estrutura psicótica do indivíduo... me fez dar um click e sair da posição menos defensiva e mais curiosa, menos julgadora e mais respeitosa e por fim de permissão a leitura e dialogo sobre o tema.
E não poderia ser mais sugestiva a escolha do nome a essa reflexão do que Adorável Psicose para de forma menos pretensiosa possa dizer primeiro a mim que o entendimento da estrutura psicótica está longe de ser simples mas pode ser mais comum e próxima da minha realidade...a começar por mim mesma.
O que já me ocupei pelas leituras é que a clínica freudiana está fundada na questão histérica. Freud, fundamentado na questão prática da relação transferencial, pensava ser difícil, senão impossível, o atendimento psicanalítico com psicóticos. De um ponto de vista teórico, veremos que a teoria freudiana dá respostas ao enigma da psicose; porém, no que diz respeito ao atendimento clínico, Freud pouco nos diz sobre ela. No entanto, se o grande interesse freudiano voltava-se para a bela histérica, Freud não deixará de deitar seu olhar investigativo na questão da psicose. Diversamente de seus contemporâneos suíços que se voltaram para a pesquisa da esquizofrenia, Freud volta sua curiosidade