Psicose
O paciente psicótico gera desafios especiais para o entrevistador. Um paciente com psicose aguda poderá ser agitado, incoerente e amedrontado ou apresentar-se eufórico, agressivamente arrogante e delirante.
O entrevistador com pouca prática sentirá uma considerável ansiedade, espelhando de alguma forma , o que o paciente também está vivenciando.
O entrevistador precisará funcionar como um ego externo para o paciente psicótico agudo, conectando-se empaticamente e reconhecendo a perturbação da personalidade e a tempestade emocional que está transbordando o paciente.
Ele poderá ser desconfiado, não cooperativo e retraído. O perigo imediato da contratransferência, é o de rotula-lo como “louco” ou de “eu não”. Essa é uma resposta defensiva do entrevistador envolvido por um medo inconsciente de que “eu também poderei ficar assim”.
A observação de Sullivan (O psicótico é mais humano que outra coisa) é crucial para estabelecer um rapport e assegurar que a entrevista seja terapêutica.
A psicose é expressa por meio da personalidade específica de cada indivíduo, a história individual e a estrutura do caráter particular determinam muitos aspetos da experiência psicótica e deverão ser reconhecidas e tratadas tanto na entrevista quanto no trabalho terapêutico.
Assim como qualquer pessoa, o paciente psicótico apresenta conflitos neuróticos que poderão ser obscurecidos ou exagerados pela ruptura generalizada da função psicológica normal que a psicose lega e deverão ser reconhecidos pois formarão a base do trabalho psicoterapêutico junto com as intervenções psicofarmacológicas apropriadas.
Papel do Entrevistador
Como o paciente pode expressar suas emoções em respostas, o terapeuta seguirá pistas emocionais, as quais serão utilizadas para desenvolver o tem afetivo da entrevista.
Tais pistas podem ser difíceis de perceber e o terapeuta deverá assumir uma postura ativa para ajuda-lo tanto a experimentar quanto