Psicose infantil
O que é a psicose infantil? O termo psicose encontra-se na literatura psiquiátrica, no século XIX, que designa doenças mentais em geral, a loucura, alienação.
Para Freud, as psicoses são distúrbios ocorridos entre o Ego e a realidade (que é o mundo externo), e tenta silenciar o Id frente a alguma frustração de não ter realizado algum desejo da infância que ficarão “enraizados” no individuo, que são difíceis de vencer. Na psicose, existe a predominância do Id e a perda da realidade, ou seja, o Ego se afasta da realidade, que é o primeiro passo da psicose, e depois é a tentativa de reparação com o dano causado e de tentar restabelecer as relações com a realidade, remodelando o Id, para criar um novo mundo externo.
Já para Bion, diferente de Freud, na psicose primeiro realidade é mascarada através de uma fantasia onipotente na mente e nas ações do paciente, a qual destrói a realidade e a consciência, alcançando um estado que não é vida nem morte. Bion cita que, um aspecto parecido com o ódio á realidade, dito por Freud são as fantasias de ataques sádicos feitos pelo bebê psicótico ao seio, descrito por Melanie Klein, como integrantes da fase esquizo-paranóide. O paciente paranóico não se move dentro do mundo dos sonhos, mas sim num mundo de objetos que são de costume conteúdo dos sonhos. Para o autor, para a formação de um psicose, podem ocorrer fatores como: temperamento, caráter, peculiaridades de ordem tipológica, experiência anterior vivida, ambiente familiar e/ou social.
Os distúrbios mentais em crianças começaram a ser estudados tardiamente, a partir da década de 10, com os trabalhos de Melanie Klein e Ana Freud. Em 1943 Kanner introduziu o conceito de autismo. Em 1960 psiquiatras britânicos conceituaram psicose infantil através de critérios diagnosticados como: relacionamento prejudicado com as pessoas, confusão de identidade pessoal e inconsciência do eu, preocupação anormal com objetos, resistência a mudanças no ambiente, reação de