Psicopedagogia e adoção
Desde os primórdios da humanidade percebe-se a necessidade de cuidados e proteção que uma criança requer. Em todos os tempos e em todas as civilizações existiram, e continuam existindo, pessoas que têm um grande desejo de ter filhos e pessoas que não querem, ou não podem, criar seus filhos. Dentre aquelas que têm desejo de ter filhos, uma grande parte não pode tê-los, e, dentre todas as crianças, existem muitas que ficam sem pais. Portanto, a organização social de diversas culturas encontrou maneiras de estabelecer diferentes tipos de relações familiares que não às biológicas. Levando em conta as dificuldades escolares, elas são compatíveis com aquelas que ocorrem em famílias biológicas.
Entretanto, algumas pesquisas que fiz mostraram que em alguns estudos sobre o assunto apontaram indícios de que existe um excesso de distúrbios de adaptação em crianças adotivas, se comparadas com a população em geral.
Como psicopedagoga, a tarefa frente à adoção é facilitar a compreensão da criança, de seus desejos e o conhecimento sobre as pessoas que lhe são mais significativas, interpretar através dos instrumentos que possuo, a percepção que o sujeito tem de si mesmo relação aos outros no núcleo familiar que está sendo inserido.
Por adoção tardia entende-se aquela criança que possui idade superior a dois anos, segundo a literatura consultada. Para fins deste estudo, foram observadas e investigadas através de instrumentos psicopedagógicos três crianças de idade entre dois e sete anos que estão em lar adotivo há dois anos.
A adoção é cheia de significações por não serem aprendizados que se manifestam de forma isolada, apresenta fatores biológicos e sociais relacionados com a gravidez e a experiência pré-natal de crianças vindas de lares desfavorecidos, experiências vividas nas casas abrigo ou de apoio, com novas perdas da figuras de apego, interferência na formação de vínculos na primeira infância com os posteriores efeitos na personalidade e