Psicopatologia no brasil

O vídeo apresentado é bastante esclarecedor e objetivo. Logo de início o médico-psiquiatra nos deixa claro que mesmo, muitas vezes, a psicopatologia se apresente como uma área cientifica, ela não é. Pois para ser feita uma demarcação das fronteiras entre o patológico e o não patológico é necessário um exercício constante de toda a sociedade.
Compreendemos e concordamos com Benilton Bezerra quando menciona: “O número de diagnósticos possivelmente aumentará com a chegada do DSM V.” Percebemos que sua fala remete aos questionamentos abordados nas aulas da disciplina de psicopatologia geral e o quanto esses questionamentos são fundamentais para a nossa formação acadêmica. O DSM V ainda não foi publicado no Brasil, mas já existem pesquisas apontando que mesmo antes desse, o número de pessoas utilizando psicofármacos aumentou subitamente ao mesmo passo que a quantidade de novos transtornos. Ultimamente, são as doenças que estão se encaixando nos variados tipos de remédios e não os remédios às determinadas doenças.
Percebemos que esse aumento de doenças se deve ao fato da simplificação e vulgarização dos diagnósticos. Isso implica em dizer que cada vez mais os pacientes chegam aos consultórios dizendo que tipos de doença possuem. Querendo que muitas vezes o médico confirme e lhe passe algum remédio. Válido ressaltar que a prescrição desse grande número de medicamentos não é dada somente pelos médicos psiquiatras, mas pelos médicos em geral, como ginecologistas e otorrinolaringologistas.
Assim não podemos esquecer-nos de citar o interesse da indústria farmacêutica, dos psiquiatras e do próprio paciente no diagnóstico e na prescrição de tantos psicotrópicos. Podemos perceber nas discursões da sala de aula e no vídeo apresentado que para os três é interessante a prescrição de medicamentos, a indústria farmacêutica logicamente lucra com o aumento das vendas de psicotrópicos, os psiquiatras diminuíram o tempo de consulta, pois basta prescrever o medicamente e o paciente