psicopato
O entrevistador deve estar em condições de acolher o paciente em seu sofrimento, de ouvi-lo realmente. As vezes o entrevistador precisa falar pouco para que a entrevista seja bem sucedida, outra vezes, exige-se do entrevistador seja mais ativo, falante, para que a pesquisa possa desenrolar, podendo ser devido o paciente, o contexto institucional, os objetivos da entrevista ou pela personalidade do entrevistador.
Em uma entrevista o profissional sempre pode evitar: posturas rígidas, estereotipadas, o profissional deve buscar uma atitude flexível que se adapte a personalidade do entrevistado; atitude excessivamente neutra ou fria, que transmite ao entrevistado sensação de distância e desprezo; reações exageradamente emotivas ou artificialmente calorosas, que produzem, normalmente, uma falsa intimidade, uma atitude receptiva e calorosa, mas discreta, é o ideal; comentários valorativos, emissão de julgamentos ao que o entrevistado diz; reações emocionais intensas de pena ou compaixão, quando o profissional acolhe o sofrimento do paciente de forma empática, esse beneficiará mais do que com alguém que está aos prantos junto com ele; responder com hostilidade ou agressão, deve-se mostrar serenidade e paciência, mesmo que o paciente seja agressivo, mas sempre deixando claro alguns limites; entrevistas excessivamente prolixas, onde o paciente fala, fala, mas não responde nada; fazer muitas anotações durante a entrevista, pois alguns pacientes acham que as anotações são mais importantes do que ele.
É necessário informar o entrevistado o seu nome, profissão, especialidade, motivo da entrevista, sigilo da mesma e a necessidade de cooperação mutua. Na primeira entrevista deve-se colher os dados sociodemográficos, como também, pedir ao paciente que relate sua queixa básica; esse primeiro relato deve ocorrer de forma livre. Quando o paciente não possui clareza, é necessário que haja um informante, alguém próximo ou da família que possa