Psicopatia e Sociopatia
O campo da patologia contém duas áreas que não podem ser confundidas: uma é a da psicopatologia e outra da sociopatologia.
É necessário iniciar o assunto “patologias” dizendo que as doenças psíquicas, à semelhança das doenças orgânicas e sociais, são resultado da deturpação ou destruição da sanidade pré-existente no ser humano. O mal é a privação do bem, de acordo com a filosofia; na ciência, a doença é a privação da saúde. Isso se deve ao fato de os dois termos serem sinônimos para um tipo específico de transtorno de personalidade e de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), o termo oficial para designar um psicopata ou sociopata seria personalidade dissocial ou antissocial. Essa é a justificativa para ambos não conseguirem ter empatia por ninguém, compartilharem de ausência de culpa, possuir capacidade de serem frios, inteligentes e charmosos, tendem a desrespeitar as leis, desrespeitar os direitos dos outros, terem comportamento – na maioria das vezes – explosivo e imprevisível e são incapazes de se colocar no lugar das pessoas. Inclusive é possível a mesma pessoa possuir os dois transtornos. Porém existem algumas diferenças básicas entre psicopatologia e sociopatologia.
Psicopatologia: é uma área do conhecimento que objetiva estudar os estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental. É a área de estudos que está na base da psiquiatria, cujo enfoque é clínico. É um campo do saber, um conjunto de discursos com variados objetos, métodos, questões: por um lado, encontram-se em suas bases as disciplinas biológicas e as neurociências, e por outro se constitui com inúmeros saberes oriundos da psicanálise psicologia, antropologia, sociologia, filosofia, linguística e história.
Psicopatologia seria, um discurso, um saber, (logos) sobre o sofrimento, (pathos) da mente (psiquê). Ou seja, um discurso representativo a respeito do pathos, o sofrimento psíquico, sobre o padecer psíquico.
A psicopatologia enquanto