psicomotricidade
A leitura deve fazer parte da vida das crianças, precisa ser estimulada de uma forma ampliada, que vá além apenas da leitura do código escrito. O ato de ler deve ser entendido como perceber o significado das coisas.
A argumentação é de Stela Maris Fazio Battaglia, terapeuta, que trabalha com formação de professores. Para ela, a relação das crianças com os livros deve ser observada e estimulada desde quando elas são muitos pequenas. “É um processo em diferentes gradações. Os livros precisam estar presentes na vida das crianças até de forma física , nem que sejam empilhados e usados como brinquedo. As crianças, com um livro nas mãos, fazem sons quando vêem ilustrações e desse ato saem narrativas e histórias. Elas precisam ter autonomia para ler, mesmo antes de alfabetizadas. Isso garante uma relação entre elas e os livros, mas ainda não garante a formação de um leitor.”
Stela explica que a escola tem a importância de trazer a literatura para os alunos. “Mas, muitas vezes, o livro é usado apenas para ensinar a escrever.” Ela defende que o livro e a literatura deveriam ser entendidos pelas crianças como uma manifestação cultural do homem e não apenas como material didático. “A leitura precisa ser vista de forma mais ampliada e não só como a leitura de um texto escrito. Sua linguagem precisa ser estimulada em toda a sua amplitude, formando um leitor participante que pode ler, escrever, trazer a sua voz.”
A mediação e o estímulo para esse contato constante com a literatura devem ser bem trabalhados. “Não adianta simplesmente o professor colocar muitos livros diante dos alunos e dizer que são maravilhosos. O livro tem um status, mas só tem valor se ele for desenvolvido. A família e a escola precisam olhar com cuidado e estreitar a