psicomotricidade
Hora de aproveitar melhor o potencial das crianças
Por Leonardo Moura - leo.moura@folhadirigida.com.br
Rosa Prista: "a educação psicomotora é contínua, ela não acaba"
É muito comum ouvir dos adultos que a melhor fase de suas vidas foi a infância. Toda a inocência e despreocupação que uma criança possui faz falta na vida adulta, imersa nas responsabilidades e compromissos do cotidiano. É paradoxal observarmos que, apesar disso, um número relevante de pais está inserindo, cada vez mais cedo, os filhos em seus mundos, sem respeitar e preservar o que a criança deve experienciar enquanto ainda é jovem.
Esse é o quadro observado pela neuropsicóloga, psicopedagoga e doutora em Psicologia pela American World
University
(AWU) Rosa Prista. Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, a diretora do Centro de Estudos da Criança (CEC) alerta para essa questão tão importante e que tem sido esquecida pelos pais e, até mesmo, por alguns profissionais da área da Educação. Rosa explica ainda o que é a psicomotricidade, o quanto ela é importante é na vida do ser humano, especialmente na infância, e como pode auxiliar na minimização dos problemas da sociedade contemporânea.
FOLHA DIRIGIDA - A educação infantil cresceu nos últimos anos. O número de crianças na escola, por exemplo, aumentou muito. Porém, muitos pais acreditam que a escola é boa quando a criança aprende a ler cedo. Qual é o papel da educação infantil?
Rosa Prista - O papel é de desenvolvimento pleno da criança, nas dimensões relacionais, afetivas e, fundamentalmente, psicomotoras. O que percebo é que a educação infantil tem, hoje, apressado o desenvolvimento de algumas funções. Nesses tempos globais, as pessoas estão preocupadas que seus filhos tenham cargos importantes, empregos maravilhosos, esquecendo a formação da própria subjetividade da criança. Essa formação não se faz com leitura e escrita rápida. O processo precisa ser natural, que pode, sim, ser rápido, mas pelo prazer da criança em descobrir