Psicologo do desenvolvimento
CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Adolescência. Petropólis, Vozes, 1987.
PADRÕES PSICOPATOLÓGICOS NA ADOLESCÊNCIA:
Determinantes ambientais, genéticos, biológicos e comportamentais têm sido investigados na etiologia dos transtornos mentais.
Há evidências de que grupos com experiência de estresse emocional precoce (EEP) apresentam prejuízos em funções neurocognitivas como atenção, inteligência, linguagem, funções executivas e tomada de decisões.
A doença mental na infância e na adolescência deve ser visualizada a partir de diferentes tipos de fatores envolvidos que, por sua complexidade, ao serem avaliados devem ser considerados de maneiras diferentes.
Fatores predisponentes: caracterizados pela vulnerabilidade biológica, características de personalidade, primeiras experiências, respostas ao estresse e influências sócio-culturais. Esses fatores são os mais difíceis de serem avaliados em ambiente escolar uma vez que dependem do próprio crescimento e desenvolvimento anterior da criança, sendo aqueles nos quais você tem um papel importante, quer na identificação quer no tratamento ou encaminhamento terapêutico.
Fatores precipitantes: corresponde aos acontecimentos estressantes e aos estímulos que ocasionam respostas emocionais desprazeirosas. Nesse âmbito a escola, por sua importância no universo infantil já passa a ter um papel fundamental na detecção e manipulação desses eventos. Você pode auxiliar em sua identificação e, seu contato com a escola e a família pode propiciar possibilidades de minimizar o problema.
Fatores perpetuadores: são os estressores permanentes, os elementos temperamentais ligados a ansiedade, os estímulos reforçadores de condutas inadequadas e as influências familiares. Nesta esfera a escola tem um papel que pode ser considerado fundamental e o papel do médico é muito pouco importante uma vez que as questões sociais são fundamentais. Assim, esses estressores permanenetes