Psicologioa
Resumo:
Com o avanço da tecnologia de informação sob a forma de teleserviço, teletrabalho, teleconferência telepresença etc., está acabando com a noção de “espaço-tempo”, tornando a cidade na sua forma original de “cidade compacta”, os cidadãos continuam majoritariamente sentindo a necessidade de deslocar-se. Assim, o presente estudo exploratório constitui uma contribuição para a compreensão dos aspectos sociais, culturais e econômicos do deslocamento urbano, possibilitando examinar os impactos que têm os meios de transporte público urbano sobre a qualidade de vida dos cidadãos. As conclusões obtidas indicam que, o transporte aparece como conseqüência deplorável do crescimento da cidade como também, instrumento de distribuição espacial/temporal das atividades, funções e serviços que a constituem.
Palavras-Chaves: cidade - sociedade - deslocamento urbano espaço-tempo, socioeconomia de transporte, unidades de vizinhança (UV), qualidade de vida.
Introdução
Observando a mobilidade humana, podemos concluir que existem duas visões fundamentais do fenômeno de deslocamento quotidiano. A primeira é a da felicidade, cada vez mais rara, baseada no cumprimento da democracia, na criatividade social, cultural e econômica. A segunda é a visão pessimista que faz da cidade um lugar de poluição, de exclusão e de mal-estar social.
O transporte urbano, cuja concepção está inseparavelmente ligada à da cidade, está exposto também a duas características distintas. O automóvel, instrumento de liberdade, “está acusado de todos os pecados urbanos” (Amar Georges, 1998): poluente, individualista e devorador de espaço, torna-se o símbolo de embolia e de egoísmo urbano. O transporte coletivo, que deveria estar fora deste tipo de acusação, é suspeito de provocar a dissociação e a extensão espacial da