Psicologia
As transformações provenientes da sociabilização não são importantes somente para a inteligência e o pensamento, mas tem extrema importância para a vida afetiva. Podemos perceber que no período pré-verbal existe uma relação entre afetividade e as funções intelectuais. Em nossa conduta, as motivações e o dinamismo energético provem da afetividade, enquanto que as maneiras de se ajustar constituem o aspecto cognitivo. Há a intervenção de sentimentos múltiplos e isso pode ocorrer, por exemplo: ao resolver um problema, ao relacionar interesses e valores. Não há atos somente afetivos, podemos ter o amor supondo a compreensão. Uns se apresentam mais sentimentais outros secos, mas tudo esta relacionado a condutas e sentimentos, que resultam em inteligência e afetividade. Temos afetividades essenciais ligadas ao desenvolvimento interindividual que são as afeições, simpatias e antipatias, relacionadas à socialização das ações, daí o aparecimento dos sentimentos morais intuitivos que provêm da relação entre adultos e crianças, e a regularização dos interesses e valores se dá com o pensamento intuitivo. O objeto se torna algo interessante, pois faz parte da sua necessidade. O interesse é a orientação a todo ato de assimilação mental. Esse interesse se dá com a vida psíquica e é essencial para o desenvolvimento da inteligência senso-motora. Os pensamentos intuitivos multiplicam-se e diferenciam dando lugar a dissociação progressiva entre os mecanismos energéticos. O interesse implica em valores que se diferenciam do desenvolvimento mental com finalidades complexas para a ação. Nota-se que durante a primeira infância há um interesse pelo desenho, palavras, ritmo, exercícios físicos, e tudo isso vai adquirindo valor de acordo com a sua necessidade, dependendo do equilíbrio mental do momento e das incorporações que vão se fazendo. Percebe-se a autovalorização, sucessos e fracassos elevam e abaixam as pretensões. Aparece o próprio julgamento que repercutirá sobre