psicologia
Técnica compreensiva consiste em o terapeuta dar respostas compreensivas, ou seja, o psicólogo tem a intenção de transmitir ao cliente a sua compreensão, compreendê-lo a partir do seu interior, a captar o tom afetivo, pessoal da comunicação, ao que entendeu do que foi manifestado pelo cliente. Nessa forma de responder, não há interpretação, julgamento, análise, explicações intelectuais, conselhos, críticas, etc. Pelo contrário, a resposta do terapeuta deve sempre mostrar a aceitação incondicional daquilo que o cliente expressa, sente, demonstra, enfim daquilo que é o cliente. De fato, é como se o terapeuta, durante a entrevista, procurasse decodificar aquilo que o cliente expressa. Assim, o terapeuta centrado na pessoa procura decifrar os sentimentos e idéias que foram expressos nas palavras, no tom da voz, na mímica, nos gestos, no contexto da frase, nas hesitações, no estilo do cliente. Não é uma atitude de vigiar, de fiscalizar, de controlar, mas apenas compreender; ele não dá respostas impositivas, mas compreensivas.
Como o terapeuta rogeriano não visa julgar, interrogar ou tranqüilizar, nem explorar ou interpretar, mas sim de participar da experiência imediata do cliente, segue-se que suas respostas devem englobar o pensamento deste ao ponto de retorná-lo e lhe dar uma forma equivalente ou, pelo menos, suscetível de ser reconhecida como sua. Por essa razão, a resposta compreensiva é, de fato, uma resposta “reflexa”.
A resposta-reflexo pode apresentar diversas modalidades, na medida em que esclarece o cliente, sem instruí-lo, e que estimula seu pensamento, sem deturpá-lo. Estas variações se situam num contínuo e ainda que não se possa separá-las em linhas de demarcação nítidas, pode-se, no entanto, distinguir três tipos. Na ordem crescente de seu valor de elucidação, chamaremos a estes tipos (Rogers e Kinget):
1) reiteração ou reflexo simples;
2) reflexo de sentimentos e atitudes (ou reflexo propriamente