Psicologia
“Nesta vida morrer não é difícil, o difícil é a vida e o seu ofício.” Maiakovski (Poeta. Suicidou-se com um tiro de revólver, em 1930, com 36 anos)
Este trabalho constitui-se em uma etapa de uma pesquisa mais ampla e atende às exigências da disciplina “Psicologia e Instituições de Saúde”, cursada no oitavo bimestre de graduação em Psicologia na Universidade Paulista – UNIP. Trata-se de um projeto cujo objetivo é estudar o suicídio e as representações sociais dos profissionais de saúde acerca desse fenômeno. Considerando que a estatística epidemiológica sobre tentativas de suicídio tem crescido de maneira significativa e que o trabalhador da saúde durante sua atividade profissional vem a se defrontar com pacientes que desejam ou aparentam desejar a morte, surgiu o interesse de compreender como esses profissionais compreendem e se colocam diante desse sujeito e como se efetua o seu tratamento nas instituições hospitalares em que são socorridos. O termo suicídio é proveniente do latim “sui” que significa si mesmo e “caedere”, ação de matar; isto é, etimologicamente, matar a si mesmo. Para fins de delimitação de nosso objeto de estudo o termo será aplicado conforme a definição de Èmile Durkheim (2003), que compreende o suicídio como todo caso de morte que resulta, direta e indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima e que ela sabia que deveria produzir esse resultado. Por sinal, foi esse autor o instigador da ruptura com uma visão tradicional que, sustentada pelo cristianismo, tinha o suicídio como um pecado, um crime contra si mesmo e contra Deus ou, então, como o produto de uma possessão demoníaca. Foi Durkheim, em seu famoso estudo de 1897, O Suicídio, que procurou pela primeira vez compreender